Nascida no Rio de Janeiro, a pianista Vera Astrachan foi discípula de Arnaldo Estrella e graduou-se pela UFRJ, onde obteve medalha de ouro. Com oito anos de idade apresentou-se com a Orquestra Sinfônica Brasileira sob a regência do maestro Eleazar de Carvalho. Aperfeiçoou-se com Hans Graf e Bruno Seidlhofer em Viena, e em Londres com Ilona Kabos, sob os auspícios do Conselho Britânico. Seu début em Viena valeu-lhe uma crítica no jornal Kurier: “há certamente poucos pianistas da sua geração que sabem tocar Beethoven tão bem quanto Vera Astrachan”. Foi laureada em diversas premiações, dentre as quais o Primeiro Prêmio no Concurso Backhaus, dedicado à obra de Beethoven, e o Concurso Jeunesses Musicales (Berlim) e, no Brasil, o Prêmio Associação Paulista dos Críticos de Arte. Apresentou-se com êxito em inúmeras cidades europeias e norte-americanas, como Viena, Paris, Londres, Lisboa, Nova York, San Francisco e Los Angeles.
No Brasil, foi solista das principais orquestras como a OSB, OSESP, OPPM, sob a batuta de regentes como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, John Neschling, Roberto Tibiriçá, Henrique Morelenbaum, Alceu Bocchino entre outros. Nos Estados Unidos apresentou-se com a San Francisco Contemporary Players sob a regência de Jean-Louis LeRoux. Como recitalista, apresenta-se nos mais renomados centros musicais do país e, como camerista, ao lado de importantes instrumentistas como o clarinetista Alain Damiens, o violoncelista Walter Michael Vollhardt, a violinista Elisa Fukuda, entre outros.
Exerce atividade didática, sendo convidada para master classes e júri de importantes concursos. Realizou inúmeras primeiras audições no Brasil como Sonata nº 4 de Francisco Mignone, “The Age of Anxiety”, Sinfonia nº 2 de Leonard Bernstein, para piano e orquestra, as “Variações Sinfônicas sobre um tema popular brasileiro”, de Lorenzo Fernandez, entre outras.
Da sua discografia constam o CD “Schumann / Ravel” do selo Regia Música e o CD do Duo Fukuda – Astrachan “Franck e Guarnieri” do selo Clássicos. Conforme o crítico da Folha de São Paulo Irineu Franco Perpétuo, “a virtuosística Sonata de César Franck merece neste CD uma leitura vigorosa e bem pensada, enquanto o universo sonoro de Guarnieri é visitado com verve e senso de estilo”.
Em anos recentes foi solista da Sesi -Bachiana Filarmônica, sob a regência de João Carlos Martins, na Sala São Paulo, da Camerata Fukuda sob a regência de Claudio Cruz, também na Sala São Paulo. Em outubro de 2016 inaugurou a série da Sociedade Chopin de Connecticut com um recital no New Britain Museum of American Art. Nas comemorações do centenário de Leonard Bernstein em agosto de 2018, tocou sua Sinfonia no.2 para piano e orquestra “The Age of Anxiety” na Sala Cecilia Meireles no Rio de Janeiro.