O Festival Internacional de Piano, patrocinado com exclusividade pelo Instituto Cultural Vale, continua a tradição do Concurso Internacional BNDES de Piano que, de 2009 a 2016, teve sua missão vitoriosa na formação e incentivo a jovens pianistas de todas as nacionalidades. Ações estruturantes como bolsas de estudos, cursos para afinadores e doação de pianos de estudos transformaram a cena musical do país e incentivaram carreiras de jovens pianistas de grande talento como Fabio Martino, Leonardo Hilsdorf, Ronaldo Rolim, Daniel Ciobanu, Daria Kiseleva, Dmitry Shishkin, e muitos outros que seguiram uma importante trajetória de sucesso no cenário artístico internacional. Esta edição de 2022 celebra iniciativas que, como este festival, reconhecem o país como importante celeiro de grandes pianistas como Nelson Freire, homenageado desta edição, Jacques Klein, Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Anna Stella Schic, Antonieta Rudge, Iara Bernetti, entre tantos outros, que deixaram um legado artístico de valor fundamental à cultura brasileira.
Candidatos (em ordem alfabética pelo nome)
Juradas da Pré-Seleção: Vera Astrachan, Olga Kopylova e Lilian Barretto








Jurados

Piotr Paleczny
Polônia
Presidente do Júri
Piotr Paleczny é um dos mais renomados pianistas e professores da Polônia e vencedor de cinco competições internacionais de piano.
Concluiu seus estudos de piano na Universidade de Música Fréderic Chopin, em Varsóvia, com o professor Jan Ekier. O aprimoramento da sua personalidade artística se deve em grande parte, também, ao contato artístico com Arthur Rubinstein e Witold Lutoslawski.
Com o êxito da sua participação no VIII Concurso Internacional de Piano Fréderic Chopin, em que ficou em terceiro lugar, depois de Garrick Ohlsson e Mitsuko Uchida, passou a receber convites para tocar nas salas de concerto mais prestigiosas do mundo. O prêmio especial da melhor interpretação de uma Polonaise e o prêmio Witold Małcużyński efetivamente lançaram sua carreira, que continua até hoje com apresentações em todos os continentes.
Paleczny já tocou com conceituadas orquestras como a Sinfônica de Chicago, a Orquestra do Concertgebouw, a Royal Filharmonic, a Orchestra Sinfônica da BBC, a Gewandhaus, a Tonhalle Orchester a Orquestra Sinfônica de Zurique, a Orquestra Sinfônica Nacional da RAI, a Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecilia, a Orquestra Sinfônica Nacional de México, a Orquestra Sinfônica Nacional Argentina, a Orquestra Nacional de Espanha, entre muitas outras.
Fez apresentações nos palcos de prestigiosos espaços, como a Carnegie Hall, a Alice Tully Hall e a sala da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York; a Orchestra Hall em Chicago; a Suntory Hall em Tóquio; a Berliner Philharmonie em Berlin; a Gewandhaus em Leipzig; o Teatro Colon em Buenos Aires; a Musikverein em Viena, o Concertgebouw em Amsterdam, a Royal Festival Hall em Londres, e a Festspielhaus em Salzburg.
Ministrou masterclasses em Nova York, Tóquio, Sydney, Buenos Aires, Fort Worth, Bordeaux, Paris, Seul, Pequim, Brescia, Madri, Amsterdam, Hamamatsu, Montevidéu, cidade do México…
É respeitado jurado de importantes concursos internacionais de piano como os de Varsóvia (as oito últimas edições do Concurso Chopin), Leeds, Montreal, Moscou (o Tchaikovsky em 2002 e em junho de 2019), Paris, Tel Aviv (o Rubinstein), Londres, Cleveland, Genebra, Hamamatsu, Rio de Janeiro, Toronto, Tóquio, Takamatsu, Seul, Salt Lake City, Mineápolis, Santander, Sendai, Taipé, Weimar, Manchester, Shenzhen, Los Angeles, Hilton Head…
Em julho de 2007, presidiu o júri do prestigioso concurso internacional de piano de Cleveland, tornando-se o primeiro e único polonês convidado a ocupar tal posição nos Estados Unidos. Em 5 de novembro de 2001, Paleczny foi convidado a se apresentar como solista no concerto de gala em homenagem ao centenário da Orquestra Filarmônica Nacional de Varsóvia.
Desde 1993, é Diretor Artístico do festival de piano mais antigo do mundo – o Festival Internacional de Piano Chopin de Duszniki – e desde 2004 exerce a mesma função no Concurso Internacional de Piano Paderewski de Bydgoszcz.
Em 2015, o Instituto Nacional F. Chopin lançou um CD há muito aguardado de Paleczny tocando um recital Chopin que se tornou um enorme sucesso de crítica e público.
Piotr Paleczny é professor na Universidade de Música Fréderic Chopin, em Varsóvia. Seus alunos já ganharam dezenas de prêmios nos mais importantes concursos nacionais e internacionais de piano. Atualmente, ele também atua como professor na Talent Music Academy, em Brescia, na Itália.
Paleczny é membro do comitê executivo da Associação Internacional de Pianistas e foi condecorado na sua terra natal e em outros países, recebendo, por exemplo, as medalhas Commander’s Cross of the Order of Polonia Restituta e a Mexican Order of the Aguila Azteca.
Em setembro de 2005, Piotr Paleczny recebeu a mais alta distinção artística da Polônia, a “Gold Medal for Merit to Culture – Gloria Artis” e em março de 2017 foi premiado com o Diploma e Título de Professor Honorário da Universidade de Música F. Chopin.
Em abril de 2017 a Diretoria da Academia Fonográfica Polonesa lhe concedeu o prestigioso Prêmio “Golden Fryderik”.
Em 2018 Paleczny recebeu um prêmio extraordinário e único, o C.K. Norwid Award “Work of Life”. Em 2019 o Governo do Japão outorgou-lhe uma das mais altas distinções do país, a medalha “Order of the Rising Sun, Golden Rays with Ribbon”.
Em maio de 2022 foi realizada uma solenidade na Universidade de Música Fréderic Chopin, em Varsóvia, em que Piotr Paleczny recebeu o título de Doutor Honoris Causa. O promotor desta prestigiosa iniciativa foi o Maestro Krystian Zimerman.


Akemi Alink
Japão/Holanda
Nascida no Japão, Akemi Alink é vencedora de concursos de piano nacionais e internacionais e se apresentou em importantes salas de concerto como a Suntory Hall, Tokyo Opera City recital hall and Munetsugu hall.
Além de solista, faz apresentações de música de câmera e como acompanhante de cantores de Lieder.
Desde 2012 firmou uma parceria artística com a mezzosoprano alemã Stephanie Gericke, com quem apresenta recitais de Lieder na Europa e no Japão, onde esteve em turnê em concertos em 2014, 2016 e 2019.
Paralelamente à carreira como concertista, Akemi Alink é professora de piano e já ministrou masterclasses na Europa, Japão e EUA.
Escritora, tem artigos publicados em livros e revistas do Japão e da Europa. Desde 2013 é responsável por uma série de artigos chamada “Relatos de concursos ao redor do mundo” para a revista mensal especializada em piano “Chopin”, no Japão, em um total de 100 vezes. Ela também redigiu importantes relatórios e deu entrevistas sobre os concursos internacionais de piano mais importantes do mundo, como os de Hamamatsu, no Japão (2015, 2018), Sydney, na Austrália (2016), o Arthur Rubinstein International Piano Master Competition, em Israel (2017), e o Fryderik Chopin International Piano Competition, na Polônia (2015, 2021).
Foi jurada de muitos concursos internacionais de piano tais como Concurso Internacional de Piano “Premio Jaén” (Spain), Concorso Pianistico Internazionale “Rina Sala Gallo” (Italy), Santa Cecilia International Competition (Portugal), Concours International Grand Prix Animato (France), Stasys Vainiunas International Chamber Ensemble Competition (Lithuania), Cincinnati World Piano Competition (USA), Olga Kern International Piano Competition (USA), Cliburn International Amateur Piano Competition (USA), BNDES International Piano Competition in Rio de Janeiro (Brazil) and more.
Akemi Alink integra a Diretoria da Alink-Argerich Foundation. Compareceu a mais de 100 concursos nos últimos 20 anos e costuma dar orientação a jovens pianistas e organizadores de competições.


Álvaro Teixeira Lopes
Portugal
Natural do Porto, concluiu em 1981 o Curso Superior de Piano do Conservatório de Música do Porto com a mais alta classificação. Em Portugal, foi aluno de Isabel Rocha e de Helena Sá e Costa. Em 1979/80 estudou em Lisboa no Conservatório Nacional com Jorge Moyano. Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, do governo austríaco e da Secretaria de Estado da Cultura prossegue os seus estudos em Viena com Paul Badura Skoda e com Noel Flores e, em Paris, com Marian Rybicki.
Distinguido com diversos prémios, desenvolve uma intensa atividade nacional e internacional como solista e em música de câmara, sendo frequentemente convidado a tocar nos mais prestigiados festivais em Portugal e em França, Bélgica, Alemanha, Itália, Brasil, Malta, Espanha e Inglaterra.
É membro de Solistas do Porto e do Khora Ensemble, atuando regularmente com o Quarteto Suggia, e em duo com o violoncelista José Pereira de Sousa, com o pianista Fausto Neves e com o seu sobrinho Francisco Berény.
Gravou dois CDs com José Pereira de Sousa para a etiqueta Numérica, um dos quais totalmente dedicado a música portuguesa do séc. XX. Com o Quinteto Khora Ensemble gravou um CD com música de Astor Piazzolla. Em 2006 gravou um CD a solo com obras de Amílcar Vasques Dias: Doze Nocturnos Em Teu Nome e Lume De Chão – tecido de memórias e afectos.
O seu reportório inclui estreias de peças de Cláudio Carneyro, Frederico de Freitas, Fernando Corrêa de Oliveira, Fernando Lapa, Cândido Lima, Amílcar Vasques Dias, António Chagas Rosa e Evguene Zouldikine, algumas das quais lhe são dedicadas.
Fez a criação em Portugal de Visions de L´Amen, de Olivier Messiaen, com o pianista Miguel Borges Coelho, e o Concerto para Piano e Orquestra, de Nino Rota, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Tem orientado inúmeros cursos de interpretação e de pedagogia pianística em Portugal, Brasil e Itália.
Frequentemente convidado a integrar júris de concursos de piano, tendo sido membro do júri do XI, XV e XX Concurso Internacional de Piano Cidade do Porto. Foi representante de Portugal no XXI Concurso de Piano Valentino Bucchi, em Roma. Em Portugal, integrou o júri dos concursos: Florinda Santos, Concurso Internacional da Cidade do Fundão, Concurso Ibérico de Piano do Alto Minho, Concurso Internacional de Piano Luís Costa, Concurso do Conservatório de Música do Porto, do Concurso Santa Cecília e Concurso Marília Rocha.
É Professor Auxiliar Convidado do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, onde ensina piano e música de câmara. O investimento que tem realizado na atividade pedagógica reflete-se no elevado número de alunos seus que são professores em escolas e Conservatórios por todo o país e na quantidade de discípulos que têm sido premiados em concurso nacionais e internacionais.
Diretor artístico do Concurso Internacional Sta. Cecília e Membro da Direção do Curso de Música Silva Monteiro. Colabora frequentemente com escritores e atores em projetos transversais dirigindo nesse contexto o “Projeto COiNCIDÊNCIA”, com o ator Pedro Lamares.


Eduardo Monteiro
Brasil
Um dos mais atuantes pianistas brasileiros, o carioca Eduardo Monteiro é reconhecido pela crítica como um dos maiores expoentes do cenário pianístico nacional.
Compartilhou sua música com plateias exigentes em importantes palcos do Brasil e do mundo, como o Wigmore Hall de Londres, Grande Sala do Conservatório Tchaikovsky de Moscou, Philharmonie de Colônia, Gasteig de Munique, Sala Verdi de Milão, Liceo de Barcelona, Auditório Nacional de Madrid, National Concert Hall de Dublin, Opera House da Universidade de Houston, Jordan Hall de Boston, Sala São Paulo, Sala Cecília Meireles, Sala Minas Gerais, Teatro Amazonas e Teatros Municipais de São Paulo e Rio de Janeiro.
Foi solista das principais orquestras do país e de renomadas orquestras do exterior, incluindo as Filarmônicas de São Petersburgo, de Moscou, de Munique, de Bremen, as Sinfônicas de Novosibirsk e Nacional da Irlanda, a Orquestra de Câmara de Viena e a Orquestra da Rádio e Televisão Espanhola. Já se apresentou sob a regência dos principais maestros brasileiros e, dentre os estrangeiros, destacam-se: Yuri Temirkanov, Mariss Jansons, Dimitri Kitayenko, Philippe Entremont, Arnold Katz, Sergiu Comissiona, Emil Tabakov, Kirk Trevor e Asher Fisch.
É frequentemente requisitado para ministrar aulas e realizar concertos em importantes festivais, como Campos do Jordão, Texas Music Festival e Folle Journée do Rio de Janeiro, tendo sido responsável por concerto de abertura nesses dois últimos.
Criou e dirigiu a série Piano Solo na Sala Cecília Meireles do Rio de Janeiro e no Teatro Municipal e Sala Promon de São Paulo, que promoveu o encontro de solistas consagrados como Nelson Freire, Cristina Ortiz e Diana Kacso e o próprio Eduardo Monteiro, com jovens talentos que se apresentaram na abertura de cada concerto.
Em sua discografia destaca-se o CD Piano Music of Brazil, pelo selo inglês Meridian Records, lançado com recital no Wigmore Hall de Londres, que mereceu críticas elogiosas nas mais conceituadas revistas especializadas internacionais.
Conquistou as principais premiações de piano no Brasil e, no exterior, alcançou, por unanimidade, o primeiro lugar no III Concurso Internacional de Piano de Colônia, Alemanha, em 1989, tendo sido laureado ainda nos Concursos de Dublin (1991) e Santander (1992). Foi agraciado por duas vezes com o prêmio Carlos Gomes de Música (2004 e 2005).
Estudou na Escola de Música da UFRJ (Bacharelado e Mestrado), na França (Doutorado na Sorbonne), na Itália (Fondazione Internazionale per il Pianoforte, no Lago de Como) e em 2002 obteve o Artist Diploma do New England Conservatory de Boston, Estados Unidos, na classe de Wha-Kyung Byun.
É Professor Titular do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP, onde desenvolve notável trabalho de formação com jovens pianistas. Seus alunos conquistaram numerosas premiações no Brasil e no exterior, com destaque para o 1o prêmio no 25º Concurso Internacional de Piano Clara Haskil na Suíça.
Entre 2008 e 2010 integrou a Câmara Consultiva de Música do Conselho Estadual de Cultura de São Paulo. Foi Diretor da Orquestra Sinfônica da USP, Vice-presidente da Comissão de Atividades Acadêmicas e da Comissão Permanente de Avaliação da USP, Diretor e, atualmente, Vice-Diretor da Escola de Comunicações e Artes da USP e Diretor Cultural da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano.


Linda Bustani
Brasil
Uma das importantes pianistas sul-americanas de projeção internacional, Linda Bustani foi discípula de Arnaldo Estrella, no Rio de Janeiro, Brasil. Premiada aos quinze anos de idade no Concurso Internacional Vianna da Mota, de Lisboa – e havendo anteriormente vencido os Concursos Nacionais de Salvador e do Rio de Janeiro – Linda Bustani foi convidada por Iakov Zak para trabalhar sob sua orientação no Conservatório Tchaikovsky, em Moscou, onde também foi aluna de Elisso Virsaladze.
Laureada nos Concursos Internacionais de Bratislava e Rio de Janeiro, Linda Bustani teve sua carreira internacional efetivamente lançada em decorrência de sua participação no Concurso Internacional de Leeds, na Inglaterra. Seguiram-se, então, concertos e recitais em diversos países: Portugal, Países Baixos (Concertgebouw de Amsterdam), Bélgica, República Tcheca (Tchecoslováquia), Rússia, Ucrânia e Geórgia (União Soviética), Escócia, Reino Unido, Japão, Hungria, EUA e na América Latina. Linda Bustani foi solista de orquestras como a New Philharmonia, Bornemouth Symphony, City of Birmingham Symphony, Royal Liverpool Philharmonic, BBC Welsh, BBC Scottish, Hallé e Sinfônica Bratislava, Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), Orquestra Petrobras Pró Música (OPPM) e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Teve como regentes Simon Rattle, Charles Groves, William Tausky, Anatoli Fistoulari, Louis Frémaux, Okko Kamu, Gunther Herbig, John Neschling, Isaac Karabitchevsky, Eleazar de Carvalho, Roberto Duarte, Henrique Morelenbaum, Alceo Bocchino, Roberto Tibiriçá, Ligia Amadio, entre outros.
Em 2003, Linda Bustani recebeu o Prêmio Carlos Gomes (SP) como a “melhor pianista do ano”.


Marian Rybicki
França
O pianista Marian Rybicki agrega duas tradições: as da Polônia (Academia de Música de Cracóvia) e da França (Conservatoire National Supérieur de Musique de Paris).
Dando sequência à carreira como solista, principalmente em países do Oriente, passou a atuar como professor na École Normale de Musique de Paris Alfred Cortot em 1979.
Muitos dos seus alunos foram aclamados em grandes concursos internacionais, incluindo os vencedores dos concursos de Santander (1978), Marguerite Long – Jacques Thibaud (2004), Leeds (2009), Hamamatsu (2012) e Arthur Rubinstein em Tel Aviv (2014) e paris – Prêmio Cortot (2016 e 2020).
Participou do júri de diversos concursos internacionais, incluindo os de Pequim, Moscou (Chopin e Scriabin), Shanghai, Tóquio, Kiev (Horowitz), Monte Carlo, Tiflis, Rio de Janeiro, Porto e Jaén, entre outros.
Marian Rybicki desenvolve um importante apoio para jovens artistas no início de suas carreiras. Em 1992 ele fundou em Paris a Associação Animato, que organiza inúmeros concertos para jovens pianistas tanto na França quanto em outros países. Desde a sua fundação, a Animato convidou e apresentou mais de 800 jovens pianistas na Salle Cortot, em Paris, e vários deles ganhou importantes prêmios nos mais renomados concursos internacionais de piano.
Em dezembro de 2021, Marian Rybicki criou na França o primeiro Concurso Internacional Fréderic Chopin.
Recebeu a medalha “Gold Cross of Merit” em reconhecimento por sua contribuição à música.


Pierre Réach
França
Ao longo dos anos, Pierre Réach conquistou a reputação como um pianista excepcional que interpreta obras espetaculares como as Variações Goldberg de Bach, a Transcrição de Liszt da Sinfonia Fantástica de Berlioz, a Sonata Hammerklavier ou ainda a Sonata
“Les quatre âges de la vie” de Charles-Valentin Alkan. Ele também é reconhecido como um renomado professor que sabe transmitir com entusiasmo a busca pela emoção através da música. Há mais de 20 anos ele se tornou também um infatigável criador e organizador de manifestações artísticas.
O primeiro lugar no Concurso Internacional Olivier Messiaen o revelou ao público. Seguiram-se prêmios nos concursos Pozzoli na Itália, Maria Canals e Jaen na Espanha, e uma medalha no Concurso Arthur Rubinstein em Israel.
Aluno de Yvonne Lefébure e de Yvonne Loriod no Conservatoire de Paris, Pierre Réach se aperfeiçoou de 1975 a 1982 com Maria Curcio em Londres e recebeu durante vários anos conselhos regulares de mestres como Arthur Rubinstein, Alexis Weissenberg e Paul Badura-Skoda. Em seu vasto repertório que vai de Bach a Messiaen, passando por Mozart, Schubert, Schumann e Chopin, a obra de Beethoven sempre ocupou um lugar importante. Tocar hoje as 32 Sonatas deste compositor, que ele nunca deixou de apresentar com paixão, representa para ele uma realização de vida feita de grande tenacidade, trabalho intenso e imenso compromisso com a excelência.
Pierre Réach se apresentou em recitais e concertos com orquestra em todos os países da Europa, Japão, Estados Unidos, Isarael, Rússia, China (onde costuma ir quatro vezes por ano), Coréia do Sul, com orquestras como Philharmonique et National de Radio France, NHK Symphony Orchestra em Tóquio, Osaka Philharmonic Orchestra, KBS Orchestra de Seul, Hallé Orchestra de Manchester, Richmond Orchestra na Virginie, Pomeriggi Musicali de Milão, Orchestra Sinfônica das Ilhas Baleares, Banda Municipal de Barcelona, etc. Realizou várias gravações com obras de Charles-Valentin Alkan, Bach, Mozart, Schubert, Beethoven, Olivier Messiaen, Jean Cras, Stravinsky, Mendelssohn, Moussorgski, etc.
Pierre Réach é atualmente considerado como um dos melhores intérpretes das Variações Goldberg de Bach. Em janeiro de 2005 foi nomeado Professor Honoris Causa do Conservatório de Shanghai e suas masterclasses em diversos países da Europa, América e Ásia são extremamente reputadas. Atualmente ele é professor de piano e música de câmera na Escola Superior de Música de Catalunya (ESMUC).
Seu concerto no terraço do Observatório do Pic du Midi, França, a 2 800 metros de altura em um piano de cauda transportado por um helicóptero e transmitido pela TF1 será sempre lembrado. Este concerto deu início ao Festival Piano aux Pyrénées que se tornou, alguns anos mais tarde, no Festival Piano-Pic (www.piano-pic.fr) em Bagnères de Bigorre (Hautes-Pyrénées), França. Pierre criou também o Printemps Musical de Provins et Piano em Castelnaudary, em como o Vila-seca Music Festival (Espagne). Pierre Réaché um artista Steinway desde 1982. Em março de 2015, Pierre Réach foi condecorado com a medalha Chevalier dans l’Ordre des Arts et Lettres pelo Ministérioa da Cultura da França.


Roberto Tibiriçá
Brasil
Nascido em São Paulo, Roberto Tibiriçá recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire e Gilberto Tinetti. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho, com quem teve a oportunidade de trabalhar durante 18 anos, depois de ter vencido o Concurso para Jovens Regentes da OSESP em duas edições seguidas.
Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa/Portugal) e em 1994 tornou-se Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre 2000 e 2004, foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobras Sinfônica e, entre 2005 e 2011, Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli (SP). Em 2010 assumiu como Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais onde permaneceu até 2013. Foi também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Campinas (SP), da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo (SP) e da Orquestra Sinfônica do SODRE, Montevidéu (Uruguai).
No Rio de Janeiro foi eleito pela crítica como o Músico do Ano de 1995 e recebeu neste Estado o Prêmio “Estácio de Sá”, por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Participou do Festival Martha Argerich, em Buenos Aires, por duas vezes, a convite da própria artista, em 2001 e 2004. Já há alguns anos é convidado para o Festival Villa-Lobos, Venezuela, regendo concertos com a Orquestra Simón Bolívar.
Recebeu em 2010 e 2011 o XIII e XIV Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico (por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e a Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli). Recebeu ainda em 2011 a Ordem do Ipiranga (a mais alta honraria do Estado de São Paulo), a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek (outorgada pelo Governo de Minas Gerais) e o Prêmio APCA (Associação dos Críticos Musicais de São Paulo) como Melhor Regente (por seu trabalho com a Sinfônica Heliópolis e com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais). Ocupa a Cadeira Nº 5 da Academia Brasileira de Música e em 11 de maio de 2018 tomou posse como Membro Honorário da Academia Nacional de Música, RJ. Em 2020, em plena pandemia do Corona vírus, realizou com a OSESP – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – a Estreia Mundial da ópera em 1 ato “Cartas Portuguesas”, do compositor brasileiro João Guilherme Ripper e gravou para o selo NAXOS os Choros para Clarinete, Piano, Viola, Violoncelo e a peça Flor de Tremembé, de Camargo Guarnieri.
